diário do peixe - museu do olho

Ao escrever o diário do peixe, me sinto mais conectado com a natureza e com meu próprio eu. É incrível como a vida debaixo d'água pode ser fascinante e misteriosa ao mesmo tempo. Todos os dias, me aventuro por correntezas, atravesso plantas aquáticas e observo a vida ao meu redor. É uma verdadeira experiência sensorial. Um dos meus momentos favoritos é quando me misturo com cardumes de peixes de várias cores e tamanhos. É como se estivéssemos dançando em conjunto. As vezes, porém, encontro peixes maiores e mais solitários, que me encaram com espanto e desconfiança. Eu também faço isso com outros peixes, afinal, é preciso estar sempre alerta para sobreviver nesse mundo de predadores e presas. Eu também aprecio o silêncio debaixo d'água. É como se eu estivesse em um mundo paralelo, isolado do caos da superfície. Posso me concentrar em minha própria respiração e movimento, em vez de ser distraído pelo barulho do mundo humano. No entanto, nem tudo é tranquilo e pacífico no meu ambiente. Às vezes, sofro com a poluição e a pesca excessiva. É triste ver como nossos habitats estão sendo degradados e destruídos, e muitas vezes não há nada que eu possa fazer. Apenas espero que o ser humano comece a se preocupar mais em preservar a natureza, para que eu e meus colegas peixes possamos continuar existindo. Por fim, escrever esse diário me faz perceber que, mesmo como um simples peixe, tenho muito a aprender e a explorar neste mundo. Tudo isso me faz sentir grato por estar vivo e por fazer parte desse ecossistema tão singular.